Criar e adequar as leis de um país as novidades tecnológicas é desafio de todos os governos. O mundo tem mudado muito rapidamente e a velocidade só tende a aumentar. Algumas questões acabam se tornando urgentes, nem tanto pela importância que elas tem, mas porque afetam alguma minoria influente. É o caso do Uber por exemplo.
Há outras coisas que afetam a todos, mas acabam ficando para depois. É o caso dos spam e-mails.
A lei anti spam canadense começou a valer em Julho de 2014, mesmo estando uns 10 anos atrasada, considero um avanço. O Canadá é um dos poucos países do mundo que já possuem uma lei para isso.
A CASL (Canadian Anti Spam Lesgislation) estabelece que todos os e-mails ou mensagens de texto, precisam ter 3 coisas: clara identificarão de quem está mandando, uma maneira de se desinscrever da lista de e-mails e consentimento do recipiente da mensagem.
É ônus de quem manda o e-mail ou mensagem comprovar que tinha permissão para isso. A permissão, no entanto, pode ser explícita ou implícita.
Consentimento explícito é quando o recipiente concorda em receber mensagens, ele pode ser obtido eletronicamente, por telefone, em pessoa. Não é permitido enviar uma e-mail ou mensagem pedindo autorização para enviar outros. A permissão eletrônica ocorre quando você entra no website da empresa e inscreve seu e-mail na lista de mailing por exemplo.
Já o consentimento implícito ocorre de duas maneiras. A primeira é quando o e-mail é feito público. E-mails públicos são encontrados em cartões de visitas, websites, nos adessivos dos carros e caminhões, outdoors e etc. A segunda maneira de obter consentimento implícito é quando duas empresas ou empresas e indivíduos fazem negócio juntos de maneira contínua. Por exemplo, a empresa onde trabalho presta serviços de marketing digital. Assim podemos enviar e-mails para os clientes com informações quanto aos resultados de suas ações, por exemplo.
Se uma pessoa ou empresa deixa de fazer negócios com algum prestador de serviços, o consentimento implícito expira depois de dois anos.
As multas por infringir a lei são pesadas. Pode chegar a 10 milhões de dólares e empresas são sempre responsáveis. Mesmo que o e-mail tenha sido uma ação isolada de um funcionário.
É claro que uma lei como essa, apesar de necessária, não resolve o problema. Muitos dos spams são enviados por servidores no estrangeiro, por empresas que não necessariamente seguem regras. Nesses casos somente os filtros dos Googles da vida para nos ajudar.